Não é necessário saber muito de futebol para prever que a esta nova selecção seria um desastre.
A economia é um pouco assim. De facto, o valor gerado numa economia é função de dois factores: a qualidade dos seus recursos (capital físico, recursos humanos, recursos naturais); e a eficiência com que estes recursos são empregues.
É indiscutível que a economia portuguesa precisa de melhores recursos físicos e humanos. Precisamos de elevar o nível tecnológico; melhorar a educação básica e secundária; formar melhores gestores. Mas seria um erro pensar que a solução está na qualidade dos recursos. A solução está principalmente na melhoria do emprego dos recursos que temos.
Os exemplos são vários: terminar as empresas que sistematicamente gastam mais do que produzem; reempregar os milhares de funcionários públicos que seriam muito mais produtivos (e felizes) noutras funções; impor critérios económicos e sociais claros na despesa pública.
O único problema é que os custos politicos para tomar estas decisões são enormes. Em 30 anos de esquerda e direita, não houve nenhum governo que tomasse as medidas drásticas necessárias. Mas não tenhamos dúvidas: a questão do emprego eficiente dos recursos é neste momento prioritária relativamente à qualidade dos recursos. Caso contrário, a política económica é como investir milhões no melhor ponta-de-lança … e pô-lo a jogar como guarda-redes.
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